Um dos apóstolos já citados, Tito Berry, da Rede M.A.G. (Ministérios Apostólicos Globais) na América do Sul, reagiu ao descrito por C. Peter Wagner e Rony Chaves.
Por e-mail, ele descreveu "resumidamente o que a rede e ele próprio entendem por Apóstolos, dentro da Bíblia e da História da Igreja, mostrando que o centro de toda a Bíblia é Cristo e a Igreja, somente":
Ao iniciar esta Descrição, exponho primeiramente a minha suspeita de estarmos diante de uma massa de enganadores habilmente adestrados para degradar à Igreja e denegrir a Cristo, ou vítimas do Diabo; enganados que enganam convictos de estarem na verdade, ou de meros mercantilistas da Graça, que se infiltraram na Igreja (já degradada e atomizada), com o único intuito de mercadejar com os simples e incautos da mesma, aproveitando-se de sua ignorância e submissão histórica, pelas causas sociológicas e espirituais que mui resumidamente apontaremos aqui.
Em segundo lugar, seja o que for que está monitorando este “vento de doutrina” falsa, e até demoníaca, quero alertar ao povo de Deus com certeza absoluta, e profeticamente, de estar-se vivendo um momento de flagrante e pertinaz adulteração da Palavra de Deus, algo muito próprio do Espírito do Anticristo, e de seu movimento precursor, a Nova Era.
Em terceiro, aponto aqui que esses mentores do falso no meio da igreja, sejam por serem enganadores, ou enganados, ou mercantilistas inescrupulosos, estão também distorcendo a própria História do genuíno Mover de Restauração de Deus de Sua Igreja nestes últimos tempos. Para alcançarmos tal discernimento, precisamos entender que Deus nunca se afastou da História Humana, e que, aliás, a história do homem é a própria história de Deus, e que Cristo jamais ficou sem o Seu Testemunho-Igreja na Terra, e o que Ele vier a “restaurar” ou “recobrar” em qualquer tempo da História, nunca seria “novas reformas” nem meros movimentos “mais do mesmo”: divisão, clericalismo, autoritarismo ou abuso de autoridade, hierarquia, elevação do homem e não de Cristo, fortalecimento da organização e não de Seu Organismo Vivo, e geração de novos esforços humanos que a Bíblia desde a história de Caim até os cães de Apocalipse 22 descreve claramente como coisa que Deus não aprova (Lm 3:34-36; Ap.2:6,15).
Depois desta introdução, descrevo como discernimento o que diferencia os Apóstolos dos Homens dos Apóstolos de Cristo, ou os de Cristo, dos apóstolos dos homens:
Apóstolos dos Homens:
Verticais: Centrados em Si mesmos
Horizontais: Centrados na Organização ou Denominação
De Mercado: Centrados na Posição.
Aqui há uma divisão estrutural entre três tipos de apóstolos, e os seus referentes principais em questão do estabelecimento filosófico da apostolicidade, não mencionam a Cristo, e nada a respeito da igreja no seu desenho bíblico. Tudo está claramente especificado em torno dos homens (ou melhor, de si mesmos) e em torno da posição deles, acima de tudo.
Apóstolos de Cristo:
Centrados em Cristo
Focados à Igreja Local
Focados à Igreja e o Mundo.
Aqui não há divisão em três tipos como no Apostolado dos Homens. Todos estes apóstolos, e cada um deles estão claramente definidos como “enviados” por Cristo mesmo, para vindicar devidamente “o Reino de Deus e de Seu Cristo”, colocados na Igreja (local e Universal) e para o mundo.
O PONTO DE INFLEXÃO:
O Ponto de Inflexão pelo qual passa a diferença entre uma classe de apóstolos (a maioria) e a outra classe (minoria) é o discernimento do que é a Igreja, onde está a Igreja, e como ela está, quer dizer, qual é a sua situação atual. Enquanto não possam ver e entender estes três itens, continuarão a ser apóstolos do homem, para o homem (eles próprios, e a maioria dos espiritualmente infantis), e pelo homem, ou seja, para o benefício meramente humano e temporal. Entretanto, os verdadeiros apóstolos de Cristo não visam algo para si, nem para os homens, muito menos para o fortalecimento das organizações e denominações dos homens, e objetivamente apontam para a Igreja na Sua eternidade em Cristo.
PRINCIPAIS ERROS ECLESIOLÓGICOS E BÍBLICOS DOS AUTORES CITADOS ACIMA:
Paulo não liderava organização eclesiástica, nem denominação, nem rede apostólica.
“Pastores seniores por vários anos de igrejas com crescimento dinâmico, com mais de 800 pessoas”. Pura Filosofia de Mercado, e visão de liderança oposta ao ensino e vida de Jesus.
Tiago em Atos 15 não aparece horizontalmente convocando aos de posição vertical, isto por si só já é um absurdo: ninguém de baixo poderia influenciar como líder os que já estão em posição vertical superior.
“Marcha Pra Jesus” e qualquer outro movimento de massa em nenhuma parte do mundo gerou até agora o resultado para o qual foram postos apóstolos no Corpo de Cristo. Efésios 4.
O Apóstolo João na Bíblia nunca aparece como “Conquistador” de territórios da igreja perdidos, senão como “Remendador” da Igreja (vendo-a como uma Rede de Pescados degradada no tempo). Ele não vem a reformar ou melhorar o trabalho dos apóstolos já falecidos (coisa que foca no homem), senão a cuidar da mesma igreja, degradada e em riscos na época, para que voltem ao Princípio do único “Primeiro Amor”: Cristo.
SOBRE A CENTRALIDADE:
Deus nunca quis “levantar” ao homem, ou centralizar nada nos homens caídos, nem mesmo antes dele cair no Éden. Desde antes mesmo da Criação de tudo (incluído o homem), Deus Pai centralizou tudo no seu Filho, Jesus Cristo.
A Esposa para o Seu Filho foi idealizada antes da existência do tempo, ou seja, na Eternidade passada. Portanto, Cristo e a Igreja são o centro de tudo antes de existir tudo, absolutamente. Aqui não conta nem organização, nem denominação, nem “ministérios” nem movimentos humanos. Somente Cristo e a Igreja.
Cristo não precisou desafiar ao Diabo no famoso episódio da Tentação em Mateus 4. Ele tinha certeza de sua posição. Ele, na sua vida humana, sabia quem era e para que veio ao mundo. Ressuscitado, sabia para onde voltava, e que no futuro, chegaria a recuperar totalmente o domínio sobre tudo, Ele como Cabeça, e a Igreja como Seu Corpo, devolvendo finalmente o Reino ao Pai, para que o Universo inteiro chegue a ser finalmente de Deus e de Seu Cristo, incluso nele a Igreja. Nunca nenhum ministro verdadeiro, muito menos os falsos, foi o alvo do Propósito Eterno de Deus. No Seu Plano, o homem não tem “posição”; tem lugar, como “membro” do Corpo de Cristo.
Os homens são meros cooperadores de Cristo no Seu Plano Eterno. Enquanto não entrarmos a esta Visão, estaremos sendo apenas ministros dos homens, para os homens e com fins absolutamente temporais. Havendo algum fruto para a Eternidade, Deus não deixará de recompensar, porém, o Apostolado principalmente, não pode deixar de seguir fielmente o exemplo do Servo Jesus, e do Ungido Cristo, para trazer aos homens de volta a Deus, e edificar o Seu Corpo vivo, na localidade primeiramente.
O DESENVOLVIMENTO DESTA OBRA: está completo no livro O QUE PARECE E O QUE É.
ATENÇÃO:
A reprodução deste artigo não quer dizer que eu concordo com Tito Berry.
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